Esse título foi carinhosamente dado a norte-americana Nell Brinkley quando criou em 1913 a série “The Brinkley Girls”. Eram desenhos e histórias de mulheres diferentes das da época. As Brinkley Girls tinham cabelos curtos e cacheados, eram divertidas e independentes. Seu trabalho foi conceituado como feminista e seus desenhos ajudaram a impulsionar o movimento das sufragistas.
Dizem que Nell nasceu com o dom de desenhar, já que nunca estudou artes. Aos 16 já desenhava e ilustrou um livro infantil intitulado “Wally Wish and Maggie Magpie” de AU Mayfield. Desenhou para os jornais Denver Post e Rocky Mountain News.
Quem descobriu Nell foi o magnata da imprensa William Randolph Hearst, grande figura da história dos quadrinhos por sua briga com o jornalista Joseph Pulitzer que ajudou a criar o termo yellow journalism, conhecido aqui como “imprensa marrom”. Nell saiu de Denver para New York onde começou a fazer desenhos diários para o Jornal de Randolph. Virou sucesso.
Com suas garotas Nell desbancou o até então ilustrador da beleza feminina, Charles Dana Gibso, criador da Gibson Girl, figura icônica feminina do final do século XIX e que representava as mulheres da época de um jeito digamos…mais “fino”. Enquanto Gibson desenhava as mulheres com roupas da alta costura Nell as faziam em roupas rendadas e caídas no ombro.
As Brinkley Girls de Nell influenciou outras áreas como a moda, teatro, música e cinema. Além das histórias para jornais desenhou julgamentos em tribunais entre eles o do assassino Harry Thaw Kendall, entrevistas e perfis de figuras ilustres como a da primeira-dama Eleanor Roosevelt.
Seu trabalho foi distribuído aos jornais internacionalmente pela King Features Syndicate e em 1935 a fotografia começou a substituir seu trabalho.
Apesar da sua grande influência na época Nell morreu em 1944, esquecida, quando a preocupação dos jornais era a Segunda Guerra Mundial.
Em 2009 a pesquisadora Trina Robbins lançou um livro com vários de seus desenhos e biografia chamado “Nell Brinkley & The New Woman In The Early 20th Century” que você pode comprar na Amazon.
Para saber mais um pouca de sua história recomendo a resenha do livro escrito por Paul Gravett.

Só o Ladys msm para nos mostrar tais preciosidades…que preguiça de blogs/sites.
de OUTROS blogs/sites (que coisa!)
>.< Obrigada Marshall!
Caras! Seu blog é muito maneiro!
Elegante e descolado ao mesmo tempo.
Pingback: 33 HQs para o dia da Mulher | Lady's Comics
parabéns pra página! descobri essa artista enquanto procurava por participações femininas nos quadrinhos e aqui foi o único lugar que encontrei! o trabalho de vcs é demais!