Antes de ser mãe do Vicente, a Thaiz era a Thaiz. E somada a um novo mundo, que é a chegada do bebê, a gente vira “tudo”. E nisso, “se vira”. Puxamos os cabelos. E a cada dia aprendemos. Sendo mãe solo, incluímos outras vivências – muito bem apresentadas por Thaiz Leão.
Mas o que é mãe solo? Veja esse vídeo com a Hell Mother para entender:
Assistiu?
Agora vem aqui e dá uma bizóiada em quem é a Thaiz Leão.
Viu?
Ela também participou do segundo encontro Lady’s Comics, junto com duas artistas e mães incríveis: Chiquinha Nanzenze e Clara Lagos. Quem não foi, perdeu!
Finalmente podemos embarcar nesse mundo muito loco que é a maternagem e que a Mãe Solo, por meio das tirinhas da Thaiz, trouxe resumidinha pra você mãe e não-mães.
Antes, vou te contar que esse livro das Deusas foi realizado a partir de financiamento coletivo e 90% dele com apoio de mulheres ( estamos juntas o/ ). A editora é a Gato Preto e para quem perdeu a campanha, pode comprar aqui. (um ótimo presente por sinal <3)
O quadrinho “Chora Lombar” divide as tirinhas da Thaiz em 3 etapas: “O Começo”, “o meio” e “não tem fim”. Boa parte delas foram publicadas na página do Facebook da autora.
Nas tiras de “O começo” (todas muito bem-humoradas e aquela dose cavalar de sinceridade), Thaiz fala dos perrengues vividos pelas mães ao tentarem fazer a cria dormir, do uso do sling (um tecido que envolve o bebê e faz maravilhas) e das dificuldades em exercer sua individualidade. Sabe aquele ditado “depois que pari, barriga nunca mais enchi”? Pois é. Tudo vira de cabeça para baixo. E nas tiras podemos sentir (de forma engraçada) cada mudança dessas.
Em “o meio”, Thaiz fala da volta ao trabalho, dos incessantes pitacos dos outros sobre o bebê e dos problemas envolvidos com o consumo desenfreados de brinquedos (e suas embalagens sem uso). Um boa chacoalhada em atitudes que estão naturalizadas na criação dos pequenos e que por isso nos ajuda a enxergar outras questões vinculadas à educação infantil.
Já no capítulo “Não tem fim”, a artista resume bem o que vivemos com a cria se desenvolvendo. Os problemas e dificuldades agora são outros, como os pedidos de comida na madrugada, o enjoo a cada dente nascendo ou as dores nas costas. Nada que aquela risada gostosa não nos faça esquecer. Ou não. E fala dos problemas mais sérios e permanentes. Que teoricamente deveriam ser divididos. E com quemmmm?? Sim. Os papais. Afinal a cria não se fez sozinha, né mesmo?
Um belo puxão de orelha nos pais ausentes fecha o livro com a série “Não seja um pai na média”.
Porque, como você viu lá em cima (ainda não assistiu sobre “Mãe Solo”, né? Dever de casa u.u), a realidade é bem diferente do que pintam por aí. Precisamos parar de romantizar a maternidade e ter mais empatia com as mulheres que são mães e que merecem ter seus direitos resguardados.
Por isso, além do “Chora Lombar” e da página “Mãe Solo”
Indico que acompanhem o trabalho de outras mulheres fodas que também são mães:
– Cientista que virou mãe
– Pac Mãe
– HellMother
(A propósito, estou escrevendo esse texto enquanto a cria dorme)
Como dira Mãe Solo:
Ser mãe #nãoestásendofácil.

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