Algumas artistas utilizam de poucos recursos na hora de fazer uma HQ – e conseguem dizer muito
“Nossa, fulana desenha mal”
“Ah, não dá pra chamar isso de quadrinho ainda, precisa desenvolver a anatomia”
Muitas quadrinistas ouvem bastante essas críticas quando decidem partir para HQs experimentais e traços diferentes do habitual. Enquanto é muito comum ter autores que têm traços simples e/ou minimalistas – a maior parte deles é ovacionada por isso, ainda existem situações onde autoras têm que explicar que não, não é preguiça. Desenvolver um estilo é uma tarefa em longo prazo e muitas artistas abraçam suas dificuldades e limitações no desenho para criar sua própria maneira de se expressar, independente dos padrões do que é considerado “desenho bonito”. Outras decidem considerar os traços mais simples como um recurso na hora de pensar o quadrinho e, mesmo que possam avançar na técnica, escolhem trabalhar com o que for “conversar” mais com a HQ.
Saiba que você pode fazer quadrinhos do jeito que preferir: A ideia de que é preciso desenhar uma anatomia perfeita e com a melhor utilização da perspectiva cena a cena é bastante limitante e não define quem ou o quê faz sucesso. Pense em sua história e em como gostaria de contá-la e abrace seu traço.
E a gente pode provar que o sucesso da história depende… de contar uma boa história. Conheça autoras que brincam e questionam os padrões (porque, sim, existem padrões de beleza até no desenho!):
Sarah Andersen – www.facebook.com/DoodleTimeSarah
Taís Koshino – www.facebook.com/selopiqui
Gemma Correll – www.facebook.com/gemmacorrell
Julia Wertz – http://www.juliawertz.com/
Sole Otero – http://soleotero.tumblr.com/
Bianca Reis – www.facebook.com/annabolenna03
Ou seja: se jogue! :)